sexta-feira, 11 de julho de 2008

Eidi

Lá vai então o 1º depoimento (espero que curtam!):

Desde pequeno, sempre me senti atraído pelos garotos da escola. Lembro-me das brincadeiras infantis que eu tinha com eles, muitas nas quais me excitava profundamente, em silêncio. Muitas vezes, me perguntava como eu poderia ser tão precoce em algumas áreas da vida, e dentre elas estava a sexual. Comecei a me masturbar muito cedo e pra mim era normal me imaginar em transas fantasiosas com meninos da minha idade. Eu era um tarado infantil que havia antecipado a puberdade, em uma época em que as crianças liam gibi ao invés de Playboy.

Maduro, me assumi pela primeira vez aos 7 anos de idade. Lembro-me até hoje. Tava assistindo a um show de travestis, na TV, junto à minha mãe enquanto ela preparava um bolo. Não sei que raios que deu em mim, só sei que aproveitei a chance, apontei para o aparelho e soletrei pra minha mãe que queria ser gê-a-iplison. Ela, aparentemente, não havia entendido o meu alfabeto de pré, daí repeti. Só depois de umas 5 tentativas, gritei que sou viado. Só me lembro que vôou massa pra tudo quanto é canto. Nessa hora, meu pai chegou. Minha mãe, em prantos, contou tudo pra ele. Ele, pra minha surpresa, acalmou-a e disse que eu não sabia o que estava falando. Costumo dizer que esse momento da minha vida foi quando saí do armário, e me empurraram em seguida de volta à ele.

7 anos se passaram, dentro daquele frio e escuro closet, até que, nos hormônios dos 14, decidi contar pela segunda vez. Dessa vez, já estava mais preparado e crente que eles iriam me levar a sério. Antes de repetir o outing, consultei um site muito bom cheio de informações e depoimentos verídicos, www.estoufelizassim.hpg.ig.com.br, ficadica. Até participaria da HJE, pena que nessa época nem o projeto dela existia. Suei frio, tive cãimbras, mas fui lá e revelei de novo. Foi a melhor decisão da minha vida. Hoje, aos 19, meus pais sabem do meu namoro, troco conselhos amorosos com minha mãe e meu pai me leva pras buatchys. Não tenho mais medo de me aceitar do jeito que sou, pois a família que amo estará sempre do meu lado.

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