terça-feira, 28 de julho de 2009

sobre nós (eu e o amor)

É 01h11min da madrugada, e eu tenho médico às 7h, deveria estar dormindo, mas não conseguiria antes de escrever essa carta para você. É sobre mim, e sobre o amor.
Sabe, estou me sentindo completamente perdida e desorientada. Totalmente confusa, não sei o que fazer, não quero pensar em nada, não sinto vontade de fazer nada. Estou sofrendo. Agora, contudo, não sofro pensando que você deve ter saído no fim de semana e ficado com alguém. Acho que não me importa com quem você está, agora que você não está comigo. Sofro porque você não está comigo.
E eu sinto saudade. Sinto saudade do seu sorriso e da covinha linda que nasce toda vez que você sorri, sinto saudade do seu cheirinho gostoso, da sua pele, do seu cabelo e de como você fica ainda mais linda de cabelo solto, sinto saudade da sua voz falando no meu ouvido com aquele sotaque bonitinho, ou gemendo, sinto saudade do seu abraço aconchegante, sinto saudade da sua cabeça no meu ombro na hora de dormir, e de acordar sentindo seu calor e seu cheirinho, e dizendo “bom dia, meu amor!”, sinto saudade da sua tatuagem, enfeitando seus braços que eu adoro, e do seu corpo em cima ou embaixo do meu, me amando, da sua cara de prazer, do prazer que você me dá, sinto saudade do seu bom humor, do seu carinho, da sua simpatia, sinto saudade de tudo em você.
Sofro vendo casais apaixonados nos filmes, sofro ouvindo músicas que me lembram você, sofro vendo imagens do mar, de praias. Sofro porque amo você.
Talvez você esteja tendo uma idéia errada sobre essa carta. Eu não quero que você fique triste, nem que se sinta culpada, nem com nenhum tipo de remorso, arrependimento e muito menos pena. Pelo contrário, quero que você fique feliz ao saber que tem alguém que sente por você uma coisa tão rara e doce como o amor.
Também, pode parecer estranho, mas apesar desse nó na minha garganta, apesar dos olhos marejados e do coração apertadinho, eu não estou triste.
Penso que sofrer e sorrir sejam as duas partes do amor.
Com você, eu tive momentos fantásticos. Pulei na cama elástica, fui a praias e, pela primeira vez, a uma cachoeira, comi coisas que nunca havia comido (embora as tenha vomitado depois), conheci lugares incríveis, pessoas legais, gravei vídeos, tirei fotos, fiz amor como nunca havia feito, vi o pingüim, a tatuíra, os patos, coelho em crise de identidade, passeei de barco. Nada do que eu disser será o bastante para que você entenda o quão maravilhada eu fiquei com os lugares que vi aí. E foi você quem me deu isso. Eu fui realmente feliz com você.
Não há nada mais sublime na vida que a capacidade de amar. E eu te agradeço, porque sinto amor.
Fiz você sorrir também, e você parecia feliz junto comigo. Isso é muito importante pra mim. No fundo no fundo, eu acho que você nunca me amou. Penso que para você foi apenas uma paixão, a princípio muito forte, mas que depois, como é típico das paixões, passou. Mas isso não me importa.
Penso em tudo o que aconteceu entre os dois extremos que você me disse. Desde o “Eu não posso ser boba a ponto de me apaixonar por alguém que mora tão longe” até o “Eu não tenho certeza de que te amo”. Só tenho boas recordações de nós duas. Você sempre será um sorriso na minha memória.
Por isso, o que eu tenho pra te dizer é: Obrigada por me dar a oportunidade de amar.
E mais uma vez: Não precisa ser pra sempre pra valer a pena, já valeu!
...Mas ainda não terminou! ;)

2 comentários:

Curvas escondidas disse...

passei boa parte das horas a ler os textos que aqui contêm e este especialmente me emcionou não pela melancolia do término de um relacionamento, mas pela alegria de um sentimento sincero e dito de coração aberto, parabéns!

Elisete disse...

Esse texto me emocionou de verdade, pois se parece com a história do meu último relacionamento. Gosto muito do blog, pena que não é mais atualizado...