quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Protesto contra a censura no Blogger

Por Mari no LESBOSFERA.


Lesblogueiras,

Vocês andam acompanhando a discussão sobre a censura indiscriminada aos blogs lésbicos pelo Blogger / Blogspot. Caso ainda não estejam inteiradas sobre o assunto, basta clicar aqui, aqui e aqui.

Estamos dando início a um abaixo-assinado protestando contra a exclusão e censura de nossos blogs, sem razões justificadas. Os blogs censurados não infringem a Política de Conteúdo do Blogger nem os Termos de Serviço do Blogger.

Nossos blogs são censurados porque falamos do amor entre mulheres? Por que colocamos fotos de mulheres se beijando ou se acarinhando? É essa a razão? E os blogs heteros? Fotos de casais heteros são permitidas? Contos, textos ficcionais e poesias homoeróticas também estão sendo censurados!!

Se assim fosse, o que seria de escritores como Anais Nin, Henry Miller, Hilda Hist, D. H. Lawrence, Vladimir Nabokov e outros que se consagraram com maravilhosos livros de literatura erótica?

Não somos contra a censura de blogs que promovem a Pedofilia, a Zoofilia, a Discriminação, a Violência, o Racismo, entre outros. Que não respeitam os direitos autorais e nem publicam as fontes utilizadas nos textos.

Porém toda e qualquer punição do Blogger é atribuída à reclamação de usuários. Reclamações que nunca foram feitas para as autoras dos blogs, pessoamente. A política do Blogger é a de excluir ou censurar um blog a partir do momento que ocorre uma reclamação? Não há contato com a autora do blog, uma mensagem de advertência, nada? Simplesmente, o blog em questão tem sorte se não é excluído prontamente. Perde-se todo o trabalho feito ao longo do tempo. Além dos contatos, links, widgets, etc.

O que queremos é que o Blogger / Blogspot não ceda à pressões / reclamações homofóbicas para tirar do ar, blogs com conteúdo lésbico, em um ato de discriminação e desrespeito a liberdade de expressão da homoafetividade.

Para participar da nossa campanha, clique aqui e assine o abaixo-assinado.

A seguir, coloque em seu blog o selo da campanha.


Divulgue por toda a internet!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O Blog Queer Girls é um dos meus favoritos

E passando por lá vi o relato da Mari sobre um acidente que ela presenciou e também correu pra dar ajuda!
Todo relato esta aqui!! Queer Girls Leiam!!!

Será que hoje passamos ao largo de um acidente e só esticamos o olho pela curiosidade?
Vejo muito isto por ai!
Só vejo mesmo solidariedade nos grupos de Motoboys, que quando um se acidenta( o que é freqüente) todos param pra ajudar!!!

Nos mobilizamos Para ajudar os sofredores de Santa Catarina e vemos soldados e pessoas que deviam estar com o mesmo sentimento, abusando da solidariedade de outros.

No Natal vemo Muitas entregas de presentes em Orfanatos, mas nunca vemos a visita destes mesmos colaboradores no restante do Ano.

Poderiam eles pegar uma criança pra levar a passar um final de semana com sua familia, muitos orfanatos tem um sistema de apadrinhamento as crianças que já estão muito velhas pra adoção.

Mas muitos fazem questão de pagar sua colaboração e assim limpar sua alma dando sua parcela de colaboração , mas nunca de envolvimento!!

Será que vivemos em um mundo Solidário ou Solitário?


Nos reservamos o direito a privacidade, e ela nos impede de termos contato com nosso vizinho, Olhamos suas janelas, mas nunca invadimos sua amizade.



Dizem que é Natal!!!
Dizem que é época de se fazer o bem, de sermos generosos e fraternos.
Não seria sempre esta época? Ela não deveria ser uma constante?
Existe coisa mais gostosa de que presentear alguem? Olhar o brilho nos seus olhos ao receber um presente inesperado?
Que possamos nos doar mais, espalhar pedaços de nosso coração por todos os lados possíveis.
Retroceder as vezes não faz mau algum!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Depoimento da Patricia

Ao ler nossos outros depoimentos nossa amiga também resolveu nos presentear com seu depoimento.


Eu não tenho a minha história de “saída de armário” para contar porque sou hétero. Mas, ultimamente venho refletindo muito sobre esse processo pelo qual todos os que não se definem como héteros são meio que obrigados a passar. No final de 2006 fui ao cinema com um amigo gay assistir ao filme “C.R.A.Z.Y. – Loucos de amor”, um belíssimo filme canadense, que havíamos ouvido falar bem, mas não sabíamos exatamente sobre o que era. Em determinado momento do filme, uma cena emocionante, a platéia toda começa a chorar... Corta para uma cena mais light e percebo que meu amigo continua chorando, desesperadamente... literalmente soluçando. E assim ele continua até o final do filme. O filme termina e ele ainda continua tentando se recuperar por alguns minutos. Saímos para lanchar e ele começa a falar. Diz que se identificou demais com o personagem principal, que viveu cenas idênticas. Que, assim como o personagem do filme, ele também rezava pedindo “por favor, Deus, não deixe que eu seja isso”, que antes de se assumir via o irmão fazendo piadas o tempo inteiro, que também sentia que o pai privilegiava o irmão em tudo. Depois começamos a refletir “Por que os anos se passam, mas as histórias de sofrimento para aceitação continuam existindo? Será que um dia a pessoa chegar a conclusão que gosta de pessoas do mesmo sexo seja um processo tão natural quanto é gostar do sexo oposto? Será que essa sociedade burra e retrógrada continuará por muito tempo tentando estabelecer padrões únicos de comportamento, tornando todos os outros inaceitáveis?”
Ainda não cheguei a nenhuma conclusão sobre essas perguntas, espero que em breve esse processo deixe de ser doloroso, mas não deixe de existir. Aliás, acho que héteros também deveriam passar por esse processo. Chegar a um momento de suas vidas em que possam refletir sobre quem são, do que gostam, em que valores acreditam verdadeiramente e quais foram “implantados” em seus subconscientes sem que nunca parassem para refletir... Enfim, um momento para se definirem enquanto seres humanos. Pois acredito que, muito mais do que decidir se sentem atração por homens ou por mulheres, esse processo de “saída do armário” de vocês, define quem são vocês enquanto pessoas. E por essa razão vocês são muito mais autênticos e muito mais propensos a refletir e questionar do que a maioria dos “reprodutores de comportamento” que existem por aí.